Quando estamos grávidas, dá uma vontade danada de ver a barriga despontando. A minha anda meio tímida. Estou com aquela aparência meio gorducha. Quem olha, deve se perguntar: “será que ela está grávida ou está gordinha?”. Todo dia de manhã, olho no espelho pra ver se, de repente, sei lá, ela resolveu ficar mais redonda… Mas não, ela continua meio esparramada. Isso faz com que eu me sinta meio estranha nas minhas roupas. Daí, nessas horas, quando estou com minha auto estima lá no pé, meu marido vira pra mim e diz ‘tá gatinha, hein?!’. Com esse elogio, sempre espontâneo, ele me faz um bem danado. E daí eu percebo que, apesar da barriga meio estranha, eu continuo a ser a mesma pela qual ele se apaixonou. A questão é que, apesar das mudanças –de corpo, hormonais, emocionais– não podemos esquecer quem a gente é. É preciso estar inteira –não apenas dentro das medidas exigidas pela balança– mas, principalmente, emocionalmente. Porque só assim e apenas assim é que a gente consegue seguir em frente com equilíbrio, dentro do eixo.
Então, se neste processo todo que é a gravidez você se sentir perdida, desforme, pouco atraente, lembre-se de quem você é e quem será amanhã quando o bebê estiver no seu colo. Eu costumo olhar pro meu marido porque nos olhos dele, eu sempre me encontro.
A gravidez é apenas um tempo, um tempo pro nosso corpo, um tempo pra gerar uma outra vida. E quem já passou por isso pode nos dizer: vale a pena, né?
quarta-feira, 21 de abril de 2010
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